domingo, 28 de fevereiro de 2010
ANIVERSÁRIO DO BLOG - 1 ANO
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
IMAGEM DO DIA - 25/02/2010
UNIFORMES - OFICIAL GRANADEIRO RUSSO, 1855
PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR – PIRRO, DE ÉPIRO
+ 272 a.C. - Argos
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Pirro (Pyrrhus), filho de Eácida, foi rei do Épiro e da Macedônia e notabilizou-se por ter sido um dos principais opositores a Roma.
Pirro teve uma infância e juventude bastante atribuladas. Tinha apenas dois anos de idade quando o seu pai foi destronado. Mais tarde, aos 17 anos de idade, os Epirotas chamaram-no para governar, mas Pirro acabou por ser destronado novamente. Nas guerras entre os diádocos, após a divisão do Império de Alexandre III, tomou partido de seu cunhado, Demétrio I da Macedónia, e lutou a seu lado na Batalha de Ipso (301 a.C.).
Mais tarde, tornou-se refém de Ptolomeu I do Egito, num acordo entre este e Demétrio. Pirro casou com Antígona, filha de Ptolomeu I e, em 297 a.C., restaurou seu reino no Épiro. Em seguida, declarou guerra a Demétrio, seu antigo aliado e, no ano de 286 a.C., depôs o seu cunhado assumiu o controle do reino da Macedônia. Dois anos depois, porém, seu ex-aliado Lisímaco expulsou-o da Macedônia.
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Campanha na Itália
No ano de 281 a.C., a cidade grega de Tarento, no sul da Itália, foi tomada de assalto pelos Romanos. A derrota dos Tarentinos parecia certa. Na oportunidade, Roma já crescera suficientemente para partir à conquista - com sucesso - da Magna Grécia, ou Itália do Sul. O povo de Tarento não teve alternativa senão pedir o auxílio de Pirro.
Pirro foi encorajado a ajudar os Tarentinos por influência do oráculo de Delfos. Suas pretensões, no entanto, eram bem mais ambiciosas: almejava formar um império na Itália. Para isso, tornou-se aliado do rei Ptolomeu da Macedônia, seu vizinho mais poderoso, e chegou à Itália em 280 a.C..
Sua força militar era extraordinária: 3.000 cavaleiros, 2.000 arqueiros, 500 fundeiros, 20 000 soldados de infantaria e 19 elefantes de guerra. Com ela, o objetivo de Pirro era não só evitar a conquista de Tarento pelos Romanos, como subjugá-los.
Em função da superioridade de sua cavalaria e dos seus elefantes, derrotou os Romanos na Batalha de Heracleia, inde os Romanos perderam cerca de 7.000 homens, enquanto Pirro perdeu 4.000. Desde esta vitória, várias tribos e as cidades gregas de Cróton e Locros juntaram-se a Pirro, que ofereceu aos Romanos um tratado de paz, o qual foi prontamente rejeitado.
Quando Pirro invadiu a Apúlia (279 a.C.), os dois exércitos defrontaram-se na Batalha de Ásculo, onde Pirro obteve uma vitória muito custosa. Os romanos perderam 6.000 homens e Pirro teve 3.500 baixas. Foi um duro golpe no exército de Pirro, que não aguentaria outro desfalque semelhante contra os romanos.
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Campanha na Sicília
Em 278 a.C., no meio de suas dificuldades e inquietações, Pirro viu-se diante de novas oprtunidades que se lhe ofereciam, levando a hesitação ao seu espírito. De um lado, chegaram da Sicília embaixadores que lhe propuseram colocar em suas mãos as cidades de Agrigento, Siracusa e Leontinos, pedindo ao mesmo tempo que ajudasse a expulsar os cartagineses da ilha e a libertá-la de seus tiranos; de outro, mensageiros vindos da Grécia trouxeram-lhe a notícia de que o Ptolomeu tinha sido morto em uma batalha contra os gauleses, e que seu exército fora derrotado, surgindo, assim, uma ocasião das mais favoráveis para se apresentar aos macedônios, que necessitavam de um rei.
Pirro maldisse então a fortuna, que lhe apresentava ao mesmo tempo duas oportunidades para fazer grandes coisas e, vendo com pesar que não podia optar por uma sem perder a outra, hesitou durante muito tempo antes de fazer a escolha. Finalmente, as dificuldades da Sicília pareceram-lhe muito mais importantes, por motivo da proximidade da África, decidindo-se então por este empreendimento. Assim, após tomar tal resolução, enviou Cíneas, conforme costumava fazer, às cidades da ilha, a fim de realizar as negociações. Contudo, a guarnição que colocara na cidade de Tarento, a fim de mantê-la submissa, provocara grande descontentamento entre os seus moradores. Estes mandaram-lhe dizer que, ou ele permanecia no país a fim de sustentar a guerra contra os romanos, de acordo com o compromisso assumido ao dirigir-se à cidade, ou, caso decidisse abandonar a Itália, que deixasse Tarento na situação em que a havia encontrado. Pirro, porém, respondeu-lhes secamente, dizendo-lhes que não lhe falassem mais em tal assunto, que esperassem por uma oportunidade. E, dada esta resposta, seguiu para a Sicília, onde viu, logo após a chegada, todas as suas esperanças se realizarem. Com efeito, as cidades apressaram-se em se entregar, e, em todos os lugares onde teve de empregar a força, não encontrou nenhuma resistência séria.
Com um exército de trinta mil homens de infantaria e dois mil e quinhentos cavaleiros, e uma esquadra de duzentos navios, ele foi expulsando por toda parte os cartagineses e conquistando as regiões que estavam sob o seu domínio.
Pirro entra em uma cidade siciliana com suas tropas
A cidade de Erix , dentre as que os cartagineses conservavam em seu poder, era a dotada de melhores fortificações e a que contava o maior número de defensores. Em 277 a.C., Pirro decidiu ocupá-la pela força. Quando tudo estava pronto para o assalto, tomou todas as suas armas, e, ao aproximar-se da cidade, prometeu a Hércules um sacrifício solene, bem como jogos públicos, em sua homenagem, caso lhe concedesse a graça de mostrar-se, aos olhos dos gregos que moravam na Sicília, digno de seu nascimento e dos grandes recursos de que dispunha. Feito este voto, ordenou que as trombetas soassem, dando o sinal do ataque. Quase todos os cartagineses que se encontravam sobre as muralhas retiraram-se logo às primeiras flechadas. Foram em seguida colocadas as escadas, sendo ele o primeiro a subir. No alto da muralha um grupo de inimigos ousou enfrentá-lo; atacando-os, forçou uns a se atirarem de ambos os lados da muralha, e abateu outros a golpes de espada, sem que recebesse qualquer ferimento. Com efeito, ele parecia tão terrível aos cartagineses, que estes não ousavam olhá-lo de frente e sustentar o seu olhar. Após a ocupação da cidade, ele fez a Hércules um sacrifício magnífico e promoveu festas com jogos e combates de todas as espécies.
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Havia nas imediações de Messina uma nação cujo povo eram chamados mamertinos, que causavam grandes tribulações aos povos gregos, obrigando mesmo alguns deles a lhes pagarem impostos e tributos. Este povo, numeroso e aguerrido, devia seu valor à denominação de mamertinos, que, em língua latina, significa marciais. Pirro liderou suas forças contra eles e os derrotou num renhido combate, arrasando várias de suas fortalezas. Além disso, mandou matar todos os que entre eles se encarregavam da coleta dos impostos. Os cartagineses, que desejavam fazer as pazes com Pirro, ofereceram-lhe, como prova de amizade, prata e navios; mas, como visava a coisas ainda maiores deu-lhes uma breve resposta, dizendo que havia um único meio de ser estabelecida a paz: a evacuação de toda a Sicília, de modo que o mar da África passasse a constituir a zona de separação entre os gregos e eles. Os êxitos alcançados e a confiança que depositava em suas forças encorajavam-no e o incitavam a tornar uma realidade as esperanças que o tinham levado à Sicília; e aspirou, assim, em primeiro lugar, à conquista da África. Para levar a efeito esta vasta empresa ele possuía um número suficiente de navios; mas faltavam-lhe marinheiros e remadores. Entretanto, para obtê-los das cidades, em vez de agir com habilidade e brandura, passou a tratá-las com excessivo rigor, constrangendo seus moradores e castigando com severidade os que não obedeciam às suas ordens. Transformando-se, subitamente, de príncipe popular em tirano violento, Pirro adquiriu, em consequência de sua severidade, a reputação de homem ingrato e pérfido. Entretanto, por mais descontentes que estivessem, as cidades sicilianas cediam à necessidade e lhe forneciam tudo aquilo que deles era exigido.
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Em 276 a.C., o comportamento despótico de Pirro começou a fazer com que a população se descontentasse com o rei. Ainda que Pirro continuasse a vencer as guarnições cartaginesas, acabou por ter de abandonar a Sicília, regressando à Itália.
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Regresso à Itália e à Grécia
Quando regressou, travou uma batalha inconclusiva em Beneventum (275 a.C.), no sul da Itália. Pirro abandonou a campanha na Itália e regressou ao Épiro. Apesar da sua campanha no ocidente ter solapado grande parte do seu exército e da sua riqueza, Pirro lançou-se à guerra: atacou o rei Antígono II, vencendo-o facilmente, e apossou-se do trono Macedônio.
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Em 272 a.C., Cleónimo, um espartano de sangue real, mas odiado em Esparta, pediu a Pirro que atacasse a cidade e o colocasse no poder. Pirro concordou com o plano, mas tencionava ficar com o controlo do Peloponeso para si mesmo. Inesperadamente, Esparta ofereceu resistência, o que abalou a sua tentativa de assalto.
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Logo a seguir, surgiu a oportunidade de Pirro intervir numa disputa cívica em Argos. Entrando na cidade com o seu exército às escondidas, Pirro acabou por ser apanhado numa confusa batalha nas estreitas ruas da cidade. Durante a confusão, uma velha que observava do telhado atirou uma telha em Pirro, que caiu atordoado, permitindo que um soldado argivo o matasse (algumas fontes dizem que Pirro foi envenenado por um servo).
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Mapa mostrando as campanhas militares de Pirro
"Vitória de Pirro"
Por ter sido um homem extremamente belicoso e um líder incansável, embora não tivesse sido um rei propriamente sábio, Pirro foi considerado um dos melhores generais do seu tempo. Aníbal considerou-o o segundo melhor, depois de Alexandre Magno. Pirro era também conhecido por ser muito benevolente. Como general, as maiores fraquezas políticas de Pirro eram a falta de concentração e a tendência de esbanjar dinheiro: grande parte dos seus soldados eram dispendiosos mercenários.
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Seu nome tornou-se famoso pela expressão "Vitória de Pirro". Quando da vitória na Batalha de Ásculo, conseguida a custo elevado, foram-lhe dar os parabéns, diz-se que respondeu com as palavras: "Mais uma vitória como esta, e estou perdido."
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Pirro escreveu ainda Memórias e vários livros sobre a arte da guerra. Os escritos perderam-se, mas sabe-se que foram usados por Aníbal e elogiados por Cícero.
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
IMAGEM DO DIA - 22/02/2010
OS COURACEIROS PRUSSIANOS E A CARGA DA MORTE
De acordo com os regulamentos da cavalaria prussiana de 1860, a altura necessária para o serviço nos couraceiros era, pelo menos, 1,70 m para os homens e 1,57 m para os cavalos. A título de comparação, a altura mínima dos homens para as unidades de dragões e ulhanos era 1,67 m; nos regimentos de hussardos os homens precisavam medir no mínimo 1,62 m. Os couraceiros e dragões recebiam seus cavalos de raça procedentes das regiões de Holstein, Magdeburg e Hanôver.
Na fase inicial da Batalha de Mars-la-Tour, em 16 de Agosto de 1870, uma brigada de cavalaria da Prússia, composta pelos 7º Regimento de Couraceiros de Magdeburgo e 16º Regimento de Ulhanos, executou um ataque contra a infantaria e a artilharia francesas que ficou conhecido como o todesritt (carga de morte). A infantaria francesa ameaçava atacar a ala esquerda prussiana perto de Vionville, colocando em risco o avanço do exército. Enquanto os reforços não se materializaram, o General Alvensleben ordenou ao general von Bredow que carregasse com a sua brigada, conscientemente sacrificando-a para deter o inimigo até que o auxílio chegasse. Von Bredow levou seus homens para a carga em linha, com os couraceiros sob o comando do Major Von Schmetow à esquerda e os ulhanos à direita, ao todo cerca de 700 homens. Sob o fogo dos canhões e da metralha, os prussianos romperam as linhas francesas e eliminaram sua infantaria e artilharia. Aproveitando o êxito obtido, a brigada atacou as tropas francesas atrás da primeira linha, mas foi surpreendida e repelida por uma divisão de cavalaria inimiga.
Menos de metade da brigada retornou da carga: 104 couraceiros e 90 ulhanos. A carga ocupou os franceses até o final do dia, e removeu a ameaça à ala esquerda prussiana.
O 7º Regimento de Couraceiros carregando contra bateria de canhões francesa em Mars-la-Tour. Menos da metade dos cavalarianos prussianos sobreviveu à carga.
Temendo novos ataques, os franceses trouxeram outra divisão de cavalaria, enquanto os prussianos usaram sua cavalaria para garantir a chegada dos reforços. Em Mars-la-Tour, 5.000 couraceiros franceses e Prussianos entraram em choque na maior batalha de cavalaria da guerra.
PENSAMENTO MILITAR
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA MILITAR - INSCRIÇÕES ABERTAS
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sábado, 20 de fevereiro de 2010
IMAGEM DO DIA - 20/02/2010
CONDECORAÇÕES: A ESTRELA DE PRATA (SILVER STAR)
A CONQUISTA DE MONTE CASTELO PELA FEB
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A Força Expedicionária Brasileira (FEB) levou o Brasil ao teatro de operações na Itália. O primeiro contingente brasileiro embarcou em 30 de junho de 1944 rumo às terras européias. Ao longo dos meses seguintes, outros quatro escalões seguiram para aquele cenário de batalha internacional. Em solo italiano, o Exército Brasileiro preparava-se para um dos feitos mais gloriosos da FEB em sua vitoriosa campanha na 2a Guerra Mundial, qual seja, a tomada de Monte Castelo.
Patrulha brasileira subindo para mais uma investida contra o Castelo
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NOTÍCIA - ABERTA SUBSCRIÇÃO PARA CONSERVAR CARRO DE COMBATE DA 2ª GUERRA MUNDIAL
O famoso Tiger 131 foi capturado pelas tropas aliadas durante uma disputada batalha na Tunísia em 1943, tendo sito atingido por um tiro de canhão anticarro de seis libras após destruir dois carros de combate Churchill britânicos.
O Tiger 131 examinado por oficiais britânicos após ter sido capturado na Tunísia. É possível ver, ao fundo, um dos Churchill colocados fora de ação
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Produzido em 1942, o Tigre foi apenas uma das 1.354 unidades fabricadas na Alemanha, as quais participaram de ações de combate na Rússia, Tunísia, Sicília e norte da Europa Ocidental. Possuía como armamento principal o preciso canhão de 88 mm e sua blindagem era capaz de absorver os impactos das principais armas anticarro dos aliados, mesmo em curtas distâncias. Possuía, no entanto, a desvantagem de ser extremamente pesado -57 toneladas – possuir pouca manobrabilidade. Além disso, o motor tinha o “péssimo hábito de pegar fogo” e sua transmissão costumava falhar quando submetida a regime de estresse.
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O Tiger 131 representou um significativo ganho para as forças aliadas, pois permitiu que os engenheiros britânicos pudessem, em processo de engenharia reversa, examinar o veículo. O rei George VI e o primeiro-ministro Winston Churchill inspecionaram o Tiger 131 em Tunis e, no ano seguinte, o blindado participou do desfile do Regimento de Cavalaria de Guarda (Horse Guards) na Inglaterra, antes de ser recolhido ao novo lar em Bovington.
O Tiger 131 desfilando na década de 1990